Um lugar amplo. Muitas mesas, muitas gravatas e por mais que as vozes se confundissem no local era a dela a que mais possuía musicalidade. Seus feitos não eram os maiores do mundo, mas tudo o que contara parecia que tinha uma leveza, uma certa despreocupação de que tudo iria caminhar sempre bem. Despreocupação que de fato não existia. No entanto suas conquistas até ali mostravam que o que realmente somos fica do lado de dentro. Algo que não se mostra tão óbvio quanto parece. Apesar das pessoas se acharem tão importantes é na simplicidade que mais se perdem. Enquanto ouvia sua história, ora prestava atenção em seu sorriso e ora em seu olhar. E esse último parecia um lago que só quem realmente mergulhasse poderia encontrar algumas respostas. De repente, uma vida foi passando e formando uma bela mulher... A que hoje se apresentava, simples, em meio a tanta gente que se acha importante num restaurante em uma das ruas mais ricas de São Paulo. Mesmo assim ela poupou os detalhes. Na verdade, o que se queria mesmo era comprovar que velhas amizades se mantêm vivas independente do tempo.
Juliana não falou quem era... Nem precisava, pois seus olhos se encarregavam de tudo.
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