Se eu fosse descrever esse dia (e é claro q eu quero), certamente o faria assim:
Ele chegou e as paredes já estavam riscadas. A chuva ameaçava cair caso não houvesse outra coisa pra fazer. Cumprimentou a moça, sentou, e conversaram sobre coisas que se conversam. O dia não era seu melhor dia. Aliás, pra nenhum dos dois eu assim posso dizer. Também, de fato as coisas mudaram. E elas sempre mudam...
Sua pele era muito clara e seus olhos de mangá não diziam outra coisa a não ser a confissão de sentir-se desconfortável. E ele não ficava atrás. Enquanto os desenhos passavam na televisão os dois conversavam sobre como as pessoas exigem coisas das outras. Como a relação humana, por coisas pequenas, pode se tornar extremamente complexa. Falaram sobre a crise, sobre o ensino estadual, sobre amenidades que ora ou outra mostravam que realmente as coisas mudam. Pessoas mudam. E a pegunta que eles queriam fazer um ao outro na verdade era o que realmente "permanece" com as mudanças. O que não muda? Será que só as lembranças sobreviveriam a isso tudo? Quem responderia as perguntas que nem tinham sido feitas? Os olhares dos dois de fato indicavam muitas coisas. Ele não quis bolo, refrigerante, nada que lhe fosse oferecido. Na verdade ele queria somente escolher as palavras certas, pra que tudo fosse certo e pra o que o dia passasse como outro comum.
Na hora da despedida ela o acompanhou até o portão. Um beijo no rosto, um abraço de lado e um olhar que já não fazia questão de dizer muita coisa, porque as horas passaram e não havia nada que encorajasse qualquer assunto mais íntimo. Durante o abraço a chuva apertou. Por um momento ele desejou que que a chuva não parasse e que o abraço não acabasse e que o tempo, sim, parasse e que o abraço de lado se encaixasse e que, se ainda restasse alguma coisa a dizer, que ela fosse dita sem palavras. É claro que nada disso aconteceu... Ao fechar o portão a chuva apertara de vez. Na cabeça dele só uma pergunta... Se a vida fosse um filme, o que ele aprenderia sobre tudo isso?
Ele chegou e as paredes já estavam riscadas. A chuva ameaçava cair caso não houvesse outra coisa pra fazer. Cumprimentou a moça, sentou, e conversaram sobre coisas que se conversam. O dia não era seu melhor dia. Aliás, pra nenhum dos dois eu assim posso dizer. Também, de fato as coisas mudaram. E elas sempre mudam...
Sua pele era muito clara e seus olhos de mangá não diziam outra coisa a não ser a confissão de sentir-se desconfortável. E ele não ficava atrás. Enquanto os desenhos passavam na televisão os dois conversavam sobre como as pessoas exigem coisas das outras. Como a relação humana, por coisas pequenas, pode se tornar extremamente complexa. Falaram sobre a crise, sobre o ensino estadual, sobre amenidades que ora ou outra mostravam que realmente as coisas mudam. Pessoas mudam. E a pegunta que eles queriam fazer um ao outro na verdade era o que realmente "permanece" com as mudanças. O que não muda? Será que só as lembranças sobreviveriam a isso tudo? Quem responderia as perguntas que nem tinham sido feitas? Os olhares dos dois de fato indicavam muitas coisas. Ele não quis bolo, refrigerante, nada que lhe fosse oferecido. Na verdade ele queria somente escolher as palavras certas, pra que tudo fosse certo e pra o que o dia passasse como outro comum.
Na hora da despedida ela o acompanhou até o portão. Um beijo no rosto, um abraço de lado e um olhar que já não fazia questão de dizer muita coisa, porque as horas passaram e não havia nada que encorajasse qualquer assunto mais íntimo. Durante o abraço a chuva apertou. Por um momento ele desejou que que a chuva não parasse e que o abraço não acabasse e que o tempo, sim, parasse e que o abraço de lado se encaixasse e que, se ainda restasse alguma coisa a dizer, que ela fosse dita sem palavras. É claro que nada disso aconteceu... Ao fechar o portão a chuva apertara de vez. Na cabeça dele só uma pergunta... Se a vida fosse um filme, o que ele aprenderia sobre tudo isso?
Guiii, muito bom seu blog!!
ResponderExcluirAparece sapeca!! Zezinhooo