Se eu tivesse que apostar apostaria no vermelho. Naquela noite a cor que prevaleceria seria a que captasse melhor o pensamento feminino. A música era o rock e as garotas cansaram do esmalte preto. Algumas ainda optavam pelo café só pra disfarçar a rebeldia. Mas era o vermelho que imperava nas mãos das mulheres. Era uma febre. Nos lábios de Talita o vermelho rescindia qualquer dúvida sobre a evidência da cor. Embora os lábios ficassem bem com qualquer cor que homem fosse capaz de criar. Essa predileção podia ter algo a ver com a Lua ou com um certo período diziam os leigos. Eu só assistia aquilo que era uma coincidência de cores. Mesmo assim foi possível notar as vozes espalhadas que completavam o local escuro. Um armagedon espalhava música sem saber das cores. Sem saber que alguém observava tudo. Sem saber que o vermelho era a cor da noite...
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