sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
O que te faz feliz?
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Novos escritores
E depois desse tempo todo em minha mente me pergunto: O que se encontra atrás dessa pessoa? Uma menina risonha, uma jovem impossível ou uma mulher inesquecível. Sedução. Essa é minha descrição. Seja sem querer ou não, é sedução.
Esse fascínio não é proibido. É imoral e irracional, mas não proibido. Nada é proibido. O problema foi o tempo. Rápido demais. Se tivesse demorado, talvez tivesse até desencanado. Mas ficou a lembrança e o gosto de quero mais. E esse mais, é só pra olhar, e perceber por esse olhar, se é passageiro ou se irá guiar, por muito tempo ainda, a minha vida, minha memória, meu pensar. E mesmo agora, ainda me pergunto antes de partir: O que fazer quando se sente algo por alguém que não se devia sentir?"
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
O melhor tchau do mundo!
"Mostrar o que?" perguntava Gislainne...
Não era nada com a corrente com o nome. Era com os olhos... Esses miravam e acertavam qualquer um que os colocassem à prova. Qualquer um que os encarassem. E depois, qualquer palavra mal falada, qualquer puxada de "r" e qualquer besteira das mais inocentes era motivo pra maior armadilha do mundo: o sorriso...
Às vezes se calava tanto que o tanto dava margens para o pensamento ganhar força. E deixava a dúvida pairando no ar... Talvez não há mangueiras e nem rios que posssam esconder tamanho mistério quanto aqueles olhos... Ainda assim, com toda sintonia que escapava ao balanço do navio, foi difícil o acordo...
"O que você quer me mostrar?"
"O melhor tchau do mundo..." risos.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
A solidão de Renata
domingo, 29 de novembro de 2009
Belém, Belém...
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
A Paixão de Claudia
Entre os raios da manhã e o arrastar das cadeiras dava pra imaginar como seria o dia. Um telefone que não para, uma agenda apertada, um computador de planilhas e no horizonte um cheiro de café. Foco! Uma reunião aqui, outra ali, uma liberação aqui, uma decisão ali, mais e-mails e mais planilhas. Fotos! Se a cor não ficar no tom muda o tom do dia. Muda a vida, troca o slogan, fecha o jingle, porque agora sai o promo. Sono! E se seu dia não tem marketing faça o marketing do dia. Sorria! Se pro orçamento falta tempo usa o espaço do comops. Drops! Algo a mais do que balas e cafés a manterá acordada, viva...
Logo que eu chegava, entre os raios da manhã e o arrastar das cadeiras, dava pra imaginar como seria o dia. E além da certeza de que os mesmos raios da manhã invadiriam o escritório refletindo a luz em qualquer caneca de café, uma outra certeza eu tinha:
Claudia era apaixonada pelo seu trabalho!
domingo, 25 de outubro de 2009
Foi um prazer...
No pressionar de um botão todo um ciclo começa. Milhares de canais modulam ondas eletromagnéticas emitidas por antenas em freqüências com milhões de ciclos por segundo de uma invisível que não se compara a qualquer pulsação humana.
Aliás, batimentos por segundo e impulsos elétricos se difundem quando por algum acaso do dia, ou por alguma probabilidade agradável essas ondas me procuram e me acham seja lá onde eu estiver.
E assim, meus sinais continuam atravessando casas, prédios, vão de uma ponta à outra em segundos. Em um piscar de olhos ativam 73 músculos que se contraem voluntariamente em busca de um sorriso. Então, numa explosão de alegria são milhões de músculos ao dia e milhões de emoções que atravessam quilômetros graças a uma boa nova presente em sua boa nova vida.
Passo dia levando informações aos mais variados locais e uno as mais variadas pessoas. Canto, toco, gravo, escrevo e quando você quer se desligar eu te desperto para mais um novo dia.
Faço papel de cupido, pombo-correio e aceito qualquer outro nome que me derem. Vim para quebrar barreiras, unir o que antes não se podia. Sou uma ponte que une o pensamento, a vontade e a realização.
Prazer, meu nome é celular. Um rádio para proporcionar algo que hoje se tornou indispensável: A comunicação. Com certeza, fomos apresentados antes e eu já te adianto. Foi um prazer enorme... Ops! Um momento...
- Alô Ma, é o Gui, tudo bem? Que saudades...
Onde eu estava...?
Ah sim! Posso te adiantar que foi mesmo um prazer enorme te conhecer...
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Ponta do Seixas
sábado, 15 de agosto de 2009
Boa noite, Samara!
domingo, 9 de agosto de 2009
A velha novela
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Na rua
sábado, 23 de maio de 2009
Juliana não falou quem era
domingo, 3 de maio de 2009
"Menina" do Rio
Pra quê? Pra você rir deles?
Isso!
Quando se demora pra encontrar alguém de novo as promessas feitas não são cumpridas e aí fica aquela coisa de falar por falar.
Vamos marcar algum dia de...
Porra Guilherme, eu sou uma mulher...
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Obs: seria mais engraçado um funk, mas eu ainda prefiro o meu texto... rsrs
Vc passa gingando, teu gesto não me grila
Sainha apertada, decotada é a Camila
No funk do meu lado, a mina é alto astral
Eu fico só pensando se ela pega...
Talvez no seja assim, tão fácil de dizer
A mina tá achando q eu não sou de proceder
Às vezes eu me arrisco, às vezes eu me iludo
mas se vc é a Coca, eu sou o seu canudo
terça-feira, 21 de abril de 2009
Foi o vento...
sábado, 18 de abril de 2009
Chicotes
domingo, 12 de abril de 2009
A cor da noite
sábado, 14 de março de 2009
A vida nem é um filme...
Ele chegou e as paredes já estavam riscadas. A chuva ameaçava cair caso não houvesse outra coisa pra fazer. Cumprimentou a moça, sentou, e conversaram sobre coisas que se conversam. O dia não era seu melhor dia. Aliás, pra nenhum dos dois eu assim posso dizer. Também, de fato as coisas mudaram. E elas sempre mudam...
Sua pele era muito clara e seus olhos de mangá não diziam outra coisa a não ser a confissão de sentir-se desconfortável. E ele não ficava atrás. Enquanto os desenhos passavam na televisão os dois conversavam sobre como as pessoas exigem coisas das outras. Como a relação humana, por coisas pequenas, pode se tornar extremamente complexa. Falaram sobre a crise, sobre o ensino estadual, sobre amenidades que ora ou outra mostravam que realmente as coisas mudam. Pessoas mudam. E a pegunta que eles queriam fazer um ao outro na verdade era o que realmente "permanece" com as mudanças. O que não muda? Será que só as lembranças sobreviveriam a isso tudo? Quem responderia as perguntas que nem tinham sido feitas? Os olhares dos dois de fato indicavam muitas coisas. Ele não quis bolo, refrigerante, nada que lhe fosse oferecido. Na verdade ele queria somente escolher as palavras certas, pra que tudo fosse certo e pra o que o dia passasse como outro comum.
Na hora da despedida ela o acompanhou até o portão. Um beijo no rosto, um abraço de lado e um olhar que já não fazia questão de dizer muita coisa, porque as horas passaram e não havia nada que encorajasse qualquer assunto mais íntimo. Durante o abraço a chuva apertou. Por um momento ele desejou que que a chuva não parasse e que o abraço não acabasse e que o tempo, sim, parasse e que o abraço de lado se encaixasse e que, se ainda restasse alguma coisa a dizer, que ela fosse dita sem palavras. É claro que nada disso aconteceu... Ao fechar o portão a chuva apertara de vez. Na cabeça dele só uma pergunta... Se a vida fosse um filme, o que ele aprenderia sobre tudo isso?
quarta-feira, 11 de março de 2009
Petit Gateau
Foi ao Fran's, pediu o que era de seu interesse e desmoronou ao olhar adiante. Ele era lindo. Moreno, olhos que estão entre o verde e o castanho. Alto, camiseta branca, um ar de juventude ensaiada e de experiência por vir. Era o princípe que faltava em sua vida. Se dedicou a não olhar e percebeu que por um encanto ele a observava. Ele se levantou, caminhou em sua direção e pediu permissão para sentar-se em sua mesa.
Tremendo, nem percebeu os lábios sujos de sorvete. Assim conversaram. O rapaz pagou as duas contas e finalizou qualquer nova possibilidade de revolução.
No outro dia, ninguém ligou... E ela voltou a achar que corria em direção contrária...
domingo, 8 de março de 2009
Domingo
Ai, ai! Somos tão bairristas! Por que esperar outra coisa de um jornal? Na coluna social uma foto de uma amiga antiga. Como se a cena já não bastasse uma tristeza a invade. Ela bebe o chá com pouca pressa. Mais uma tarde e uma noite igual. O vento fresco toca sua face. Ela lembra de outros tempos, quando tinha companhia e era querida. Na verdade ainda era, mas poucos demonstravam. Também, sua idade avançara, os filhos casaram, se mudaram e só restavam lembranças que não a deixavam sair do apartamento.
Antes de anoitecer se levantou com a ajuda de sua bengala. Pagou a conta indicando que o "a mais" era do garçom. Sorriu e foi retribuída com o mesmo. Seu sorriso era sério mas sincero. Andou com uma certa dificulade e postura, mas andou. Dois quarteirões depois, cumprimentou o porteiro, pegou o elevador, entrou em casa e a meia luz se reencontrou com o livro que lutava pra acabar. Amanhã, um dos filhos viria buscá-la. O que estivesse menos ocupado. Restava então, ler, adormecer e esperar por mais um Domingo. Onde tudo seria novamente igual...
sexta-feira, 6 de março de 2009
Conversa à toa
- Meu, você trouxe o bronzeador?
- Claro, quero ficar negra nesse verão...
- Falar em negro, que negro lindo o da frente, não?
- Nada. Pra mim, o negro mais lindo do mundo é o Denzel Washington...
- Quem? O do É o Tchan? (meus primeiros risos).
- Não, sua burra! Vai dizer que você não sabe quem é ele?
- Ah... o presidente?
- Que presidente?
- Ué... o dos Estados Unidos... não é o George Washington? (muitos risos meus).
- Não... você está louca? É o Barack Obama...
- Ah... é verdade... esqueci, como eu sou burra! (risos agora dela). Meu, posso te perguntar uma coisa? Sempre tive vontade mas tenho medo de rirem de mim...
- Pode falar... comigo não tem essa!
- O Barak Obama é parente daquele Obama Bin Laden?
- Afe... sorte que você perguntou pra mim... É Osama Bin Laden e eles não são parentes porque um é Obama e o outro é Osama.
Até tentei segurar a risada, em respeito a beleza das moças. Mas existe uma hora em que a espontaneidade dos fatos nos levam pra atividades do riso. Então, só posso dizer que, mesmo as nuvens tentando cobrir o sol pra que o ele não ouvisse tal conversa, ele se mostrou, com seus raios penetrantes contra o mar. Conversa à toa... Na praia e no verão brasileiro pode tudo...
sábado, 28 de fevereiro de 2009
A imponente voz de Aline.
Havia quadros e lousas com gráficos preto e brancos apontando aquilo que deveriam. Fazendo nascer controles. Apotando coisas, condenando isso ou aquilo sem dizer uma palavra. Apesar do silêncio ora ou outra um dos integrantes cortava a calmaria contando fatos e assuntos corriqueiros - pra não dizer outra coisa. O clima semi-corporativo da sala se resumia em tédio. Era preciso animá-la.
Um dia uma inesperada visita. Ela procurava um tal de rapaz que liberava aprovações no sistema para que o financeiro pudesse concluir o que tivesse que ser feito. Era esse o nome dele. Mas justo naquele momento ele não estava. Mesmo assim ela resolveu esperar.
Tinha a pele clara. Era magra e possuía lábio finos. Era decidida no que queria. Estava ali pra trabalhar e não pra outra coisa. Uma vez que teve que sair de sua sala então que fosse pra resolver o assunto. Às vezes o rapaz a observava em suas idas até o café. Mas isso bem depois da visita.
O rapaz chegou, sentou em seu lugar e olhou pra Aline. Observou tudo o que já foi descrito acima e esperou ela falar. Achou até que tivesse que arrancá-la as palavras, como acontecia com outras pessoas. De repente... O susto:
- Vc que é o rapaz da... ?
- Sim.
- Estou esperando você liberar os...
- Sim.
Era tudo o que ele podia falar. Durante as palavras de Aline algo aconteceu. Algo que só ele poderia explicar.
As paredes sorriram. Os gráficos ganharam cor. A máquina de medição pulava enquanto o aparelho de ar condicionado trabalhava com força pra manter a temperatura da sala - o que parecia inútil. Da boca de Aline saíam claves de sol. Os papéis ensaiavam vôo. A alegria virou música e sala triste agora era um arco-íris. Uma obra surreal. Um ensaio de carnaval sem regras. A imponente voz de Aline tinha esse poder sobre a sala. Poder que só o rapaz notara. Quando ela se calou as coisas esfriaram e tudo voltou a ser cinza. Já em sua partida a temperatura caiu pra 20ºC. Tudo voltara o normal.
Depois da visita o rapaz decidiu atrasar o seu trabalho todos os dias. Porque todos os dias ele gostava de ver algo a mais do que a alegria da sala.