terça-feira, 21 de abril de 2009

Foi o vento...

Foi o vento...
Foi ele que me fez ligar, me fez esperar, me fez aceitar e me fez arriscar. Naquela noite eu não pensava em muitas coisas, não tinha nenhuma pretensão. Quando eu fui perceber já não era a primeira noite. E em uma delas ela chorou. Se sentiu confortável pra contar sobre o seu drama. Sobre a sua vida, os seus problemas. E aí eu também já estava envolvido. Antes disso Bruna estava parada, seus cabelos voavam sobre a noite. Seu sorriso, que a muito não vinha, clareava, encantava, mas não me tirava o frio que batia inquieto, que antecipava o dia e confirmava a madrugada. Existia algo que agia nessa madrugada corroendo os metais e assobiando a cada curva de seu trajeto. Que trazia uma certa beleza na figura noturna de um velho trem abandonado. Na minha mente, entre todas as perguntas a que ressoava e que transbordava pensamentos era aquela que mostrava senão outra coisa a não ser a alma feminina. Ela já sem lágrimas me perguntava o porquê. No que eu insistia como se fosse uma fuga.
Foi o vento...

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